CADEIRA 17

Antônio Americano do Brasil foi médico, poeta, escritor e historiador. Nasceu em Bonfim, atual Silvânia/Goiás, em 18 de agosto de 1891 e faleceu assassinado em Luiziânia, em 20 de abril de 1931.

Iniciou os estudos secundários no ginásio dirigido por seu pai, Antônio Euzébio de Abreu, matriculando mais tarde no Ginásio Diocesano de Uberaba, por onde bacharelou em humanidades. Terminado o curso propedêutico, rumou para o Rio de Janeiro onde se doutorou pela Faculdade Nacional de Medicina.

Sua atuação em imprensa e na tribuna granjeou-lhe a figura personalíssima de grande talento.

Como poeta, possuía as qualidades necessárias, a fantasia deslumbrante das imagens que se casam com as tonalidades exatas da imaginação. Seus poemas esparsos existem uns publicados, outros não. Usava o pseudônimo João de Goiaz em quase toda sua produção literária.

Como escritor, presume-se que tenha deixado importantes trabalhos inéditos. Em vida, conseguir publicar contos, lendas e a obra “O Cancioneiro de Trovas do Brasil Central”, que foi publicada em São Paulo, em 1925. Esta obra incluiu danças tradicionais, desafios e A.B.C., excelente documento para o folclore da região.

Como historiador, publicou em folhetos os fatos principais da vida goiana e a súmula da história de Goiás.

Como jornalista foi surpreendente, ora arrojando-se em artigos turbulentos e temerários, ora com imagens sedutoras.

De grande talento na expressão verbal seus discursos revelaram-lhe a grande vocação de oratória.

Americano do Brasil se dedicava de corpo e alma à sua profissão de médico e com o tempo ingressou na política sendo eleito Deputado Federal em 1920, travando grandes embates com a intelectualidade goiana.